Muitas pessoas se perguntam: “glaucoma tem cura?”. A resposta mais adequada é: glaucoma tem tratamento. Na maioria dos casos, essa doença que atinge o nervo responsável pela visão está relacionada ao aumento da pressão intraocular.
Tal quadro pode causar danos aos vasos sanguíneos e ao nervo óptico. Logo, se não tratado a tempo ou de forma adequada, o glaucoma leva à perda de visão irreversível, isto é, à cegueira.
Neste post, entenda quais são os tipos de glaucoma, os sintomas, os fatores de risco, como tratar a doença e os cuidados que é preciso ter para a melhora do quadro!
Conteúdo
Quais os tipos de glaucoma?
Existem quatro tipos de glaucoma. A seguir, saiba quais são eles!
Glaucoma agudo
Ocorre quando há o bloqueio súbito dos canais de drenagem dos olhos, o que origina um aumento rápido, doloroso e grave na pressão intraocular. Diferentemente do tipo crônico — no qual a pressão ocular desenvolve-se lenta e silenciosamente e, aos poucos, causa danos à visão —, o glaucoma agudo é considerado emergencial.
Glaucoma crônico
É o tipo mais comum e tende a ser hereditário, mas sua causa é desconhecida. Nele, um aumento na pressão ocular desenvolve-se lentamente com o passar do tempo. A pressão elevada provoca um dano permanente no nervo óptico e leva à perda do campo visual. Em geral, atinge ambos os olhos, mas não há sintomas.
Glaucoma congênito
É quando a criança nasce com a doença, herdada da mãe durante a gravidez. Esse tipo de glaucoma é considerado raro e deve ser tratado de imediato, assim que descoberto. É possível diagnosticá-lo por volta dos seis meses de idade.
Glaucoma secundário
Em geral, é causado pelo uso de medicamentos, como corticosteroides, e também por traumas e outras doenças oculares. O aparecimento da condição está relacionado também à catarata e ao diabetes.
Quais os sintomas da doença?
Agora, sim, você não precisa mais se perguntar se o glaucoma tem cura e quais são os tipos existentes. Mas e quanto aos sintomas? Confira, a seguir, quais sãos os principais sinais da doença:
- vermelhidão e dor nos olhos;
- dificuldade para enxergar;
- náuseas e vômitos;
- dor de cabeça;
- vista turva e embaçada;
- redução da visão periférica;
- aumento das pupilas ou do tamanho dos olhos.
Além disso, é importante ressaltar que os indícios variam conforme o estágio do glaucoma. Entenda!
Estágio inicial
Os sintomas são menos perceptíveis, já que o olho não dói, não coça, não arde, não embaça e nem fica vermelho.
Estágio intermediário
A pessoa começa a perder a visão das bordas das imagens.
Estágio final
Acontece uma perda significativa da visão nas bordas da imagem. A impressão é de vê-la por dentro de um tubo.
Quais os fatores de risco?
Algumas pessoas são mais propensas a adquirir o glaucoma. A doença pode afetar, principalmente, indivíduos acima de 40 anos, afrodescendentes com alto grau de miopia e aqueles que herdam o problema geneticamente.
Além disso, há outros fatores de risco que precisam ser observados. Saiba mais!
Hipertensão arterial e diabetes
Pacientes hipertensos ou com diabetes têm mais chances de adquirir glaucoma, especialmente se tiverem mais de 40 anos. Quem tem ambas as doenças corre um risco ainda maior.
Estresse
O estresse causa a dilatação da pupila e acarreta o bloqueio pupilar, o que culmina no aumento da pressão intraocular. Quem já foi diagnosticado com glaucoma também deve tomar cuidado, pois as crises emocionais podem provocar danos ao nervo óptico e levar à perda da visão.
Sedentarismo
A atividade física auxilia a redução da pressão intraocular e da produção do humor aquoso, além de favorecer a drenagem do líquido. Por isso, é importante se exercitar, ao menos, três vezes por semana. A dica vale para quem tem e não tem glaucoma.
Diagnóstico tardio
O diagnóstico tardio favorece os danos à visão e prejudica o sucesso do tratamento. O glaucoma crônico não apresenta sintomas, por isso, a única maneira de descobrir o problema é por meio da consulta regular com o oftalmologista.
Quais as formas de tratamento?
Quando alguém perguntar a você se o glaucoma tem cura, pode responder sem titubear: não, mas tem tratamento. Afinal de contas, como tratá-lo? O método aplicado, que varia de acordo com o tipo da doença, envolve o uso de colírios e comprimidos ou, até mesmo, a cirurgia.
Na maioria das vezes, é possível tratar o glaucoma apenas com colírios. Porém, o oftalmologista é quem vai indicar e orientar o uso mais adequado para cada caso. Se o paciente seguir o tratamento à risca, haverá a redução da pressão intraocular. Dessa forma, o nervo óptico e a visão estarão protegidos.
Cirurgia
A prática cirúrgica para solucionar o glaucoma é recomendada nos casos congênitos ou quando os medicamentos não são capazes de controlar a pressão dos olhos. Sendo assim, a cirurgia a laser é eficaz para combater o bloqueio no canal de drenagem.
Entretanto, a vista embaçada — complicação que costuma ser recorrente nessas situações — vai exigir um outro método cirúrgico. Vale apontar que a cirurgia é realizada principalmente em pacientes que têm glaucoma agudo.
O glaucoma crônico, por sua vez, é tratado com colírios ou medicamentos orais, os quais oferecem bons resultados, na maior parte dos casos. Apenas as situações mais graves exigem a intervenção cirúrgica.
Quais cuidados são importantes para a melhora do quadro?
Quem tem glaucoma deve tomar alguns cuidados essenciais para o sucesso do tratamento. São eles:
- use somente medicamentos de acordo com a orientação médica;
- preste atenção ao horário do colírio. Coloque-o em sua rotina diária para não pular nenhum dia e prejudicar o tratamento;
- se tiver algum efeito colateral, avise o oftalmologista imediatamente;
- compareça a todas as consultas.
Quais são as dicas para aplicar o colírio?
Para quem tem glaucoma, a aplicação correta do colírio é fundamental para que a medicação atue de forma esperada. Confira as dicas a seguir:
- procure sentar em uma posição confortável;
- incline a cabeça para trás e olhe para cima;
- puxe delicadamente a pálpebra inferior para formar uma bolsa e aplique o colírio nessa região;
- feche o olho por cerca de dois minutos para que o remédio seja bem absorvido;
- bloqueie os canais lacrimais com o dedo polegar ou indicador;
- se usar mais de um colírio, aguarde alguns minutos entre as aplicações. O excesso de medicamento pode diminuir sua eficácia.
No início deste post, perguntamos se o glaucoma tem cura. Como você já sabe, a resposta é não. Porém, é possível controlar o problema por meio de tratamento. Portanto, não deixe de buscar ajuda médica e agendar consultas regulares com o oftalmologista para ficar em dia com a saúde dos seus olhos.
Agora, sim, você está a par de tudo sobre o glaucoma. Aproveite que está por aqui e descubra quando ir ao oftalmologista!